O Universo expandindo em mim

Quando um leque de oportunidades torna-se necessário e aparece diante de nós, é excitante a descoberta do novo. Vontade de se entregar plenamente… Mas sente-se o medo de viciar-se no ato de descobrir, de experimentar, e perder-se no todo. Na expectativa ansiosa de simplesmente ampliar horizontes, mergulhar totalmente nas infinitas oportunidades e nunca mais retornar. Perder-se de si, do que já se admira. Do que já é. Medo de mudar, mas também, de ir e não voltar. De tornar-se melhor numa versão imperfeita e incompleta, e precisar admitir. Medo de ficar realista demais e perder a fé. De, na ânsia de experimentar, deixar que me convençam que o que eu sou não interessa. Que eu me deixe ir e em vez de ser, precise buscar cada vez mais novidade para estar numa nova e atual variante mais humana, calejada, vencida e convencida de mim mesma. O mais próximo possível do que um dia eu fui, mas não mais eu. E sorriam, quando assim for, e eu, por educação e vontade da alegria, sorria também, mas nunca mais consiga sorrir para mim na solidão, quando era tão bom simplesmente olhar nos olhos e ser…

Imagem: recantodasletras.com.br